No dia das mulheres, saí às ruas de Coimbra, revi vários grafites feministas por aí e descobri vários outros novos. Rolaram algumas movimentações na praça 8 de maio, com cartazes sobre as lutas feministas, exposição com histórias de mulheres exploradas e uma linha do tempo de avanços e retrocessos na vida das mulheres nas últimas décadas.
O Dia Internacional da Mulher foi criado em 1910, durante a II Conferência das Mulheres Socialistas. A data visa relembrar toda a luta travada ao longo do século em defesa de melhores condições de trabalho e pela emancipação política e social das mulheres.
Infelizmente, ainda não conseguimos avançar o suficiente para que a data sirva apenas como motivo de comemoração. Quem é mulher sabe o preconceito e dificuldades que ainda existem na sociedade. Avançamos em alguns direitos, como o direito ao voto, à licença maternidade e o direito de recebermos salário igual ao dos homens. Mas, infelizmente, parte dessas garantias está apenas descrita nas leis.
Na prática, as mulheres ainda recebem menos que os homens – 38,3% a menos, segundo dados do IBGE – e enfrentam casos recorrentes de violência e discriminação.
Não podemos aceitar essa desigualdade e violência diária na vida de milhões de trabalhadoras. Mais do que comemorar, o Dia das Mulheres é uma data para refletirmos sobre a condição das mulheres trabalhadoras e nos unirmos para a luta.
(Texto escrito para o SISMMAC – Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba – em 2012)
Fica a dica para as discussões e manifestações artísticas que vão rolar hoje em repúblicas de Coimbra!